Comissária da ONU pede detalhes 'precisos' sobre morte de Bin Laden
A alta comissária de direitos humanos da ONU, Navi Pillay, pediu nesta quinta-feira que o governo americano divulgue os detalhes da operação que matou Osama Bin Laden no Paquistão na segunda-feira, a fim de esclarecer a legalidade da ação.'Aguardo a divulgação completa dos fatos precisos. Acredito que não apenas o meu escritório, mas qualquer um tem o direito de saber exatamente o que aconteceu', disse ela a repórteres em Oslo, capital da Noruega.
'As Nações Unidas condenam o terrorismo, mas também têm regras básicas sobre como deter atividades terroristas. Isto deve ser feito respeitando as leis internacionais.'
A legalidade da operação que matou o líder da Al-Qaeda vem sendo alvo de questionamentos, especialmente depois que os Estados Unidos confirmaram que Bin Laden não estava armado no momento em que foi morto.
Leia mais na BBC Brasil: Bin Laden não estava armado, mas resistiu à captura, diz Casa Branca
'Desconforto'
Na quarta-feira, a organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional disse que os militares americanos deveriam ter capturado Bin Laden vivo se ele não estava com armas.
Por sua vez, nesta quinta-feira, o líder da igreja anglicana, arcebispo Rowan Williams, disse que o assassinato de um homem desarmado causava desconforto.
'Creio que a morte de um homem desarmado sempre vai deixar uma sensação desconfortável porque não parece que se fez justiça', disse ele.
'Nestas circunstâncias, acredito ser também verdade que a diferentes versões sobre o que aconteceu que surgiram nos últimos dias também não ajudam', completou.
BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.